Aline Favaretto, moradora da comunidade de Tiradentes, interior de Concórdia, onde uma Kombi com 11 crianças incendiou no final da tarde da última segunda-feira, dia 2, fez revelações surpreendentes com relação a situação envolvendo as condições do veículo e também com os diversos pedidos de auxílio à Prefeitura de Concórdia.
As denúncias são graves. Aline disse que as duas filhas tiveram queimaduras leves em função do incidente registrado. A Kombi de transporte de alunos ficou completamente destruída pelas chamas.
As meninas estavam sentadas no banco onde o incêndio iniciou. Elas tiveram parte do ombro, cabelo e mochila, queimados pelo incêndio, que começou após um barulho de explosão.
As meninas conseguiram deixar a Kombi por detalhes e quase uma tragédia foi registrada em Concórdia, disse Aline Favaretto. Ela revelou que já havia solicitado por diversas vezes uma medida por parte da Prefeitura de Concórdia em função das condições não adequadas da Kombi que faz diariamente o transporte das criança.
O relato da mãe é de que as crianças chegavam em casa com cheiro de combustíveis nas roupas e por várias vezes elas tiveram que empurrar a Kombi.
No momento do incêndio na tarde dessa segunda-feira, dia 2, as crianças conseguiram abrir a porta que era amarrada e uma delas ficou presa no cinto de segurança. Um dos meninos que estava no veículo conseguiu soltar a porta para fugir do veículo em chamas.
Aline disse que as filhas estão assustadas e relatando que não irão voltar à escola depois do registro do sinistro. Estão com medo que a situação volte a ser registrada.
Nessa terça-feira, dia 3, um grupo de pais estará buscando a Prefeitura de Concórdia para esclarecimentos sobre os fatos. Irão solicitar mais uma vez uma medida que possa garantir solução para o transporte de alunos no interior do Município e que o serviço, pago com dinheiro público, seja feito com qualidade.
Os pais também devem procurar o Ministério Público para que seja investigada a situação envolvendo o incêndio da Kombi. Através da Promotoria Pública a intenção é que se faça uma fiscalização mais rígida e que a Prefeitura seja cobrada de forma mais intensa sobre os equipamentos que estão circulando com as crianças no interior.
Aline reitera que o alerta já havia sido feito por diversas vezes aos representantes da Prefeitura de Concórdia, porém nenhuma medida foi adotada. A mãe das alunas afirma que poderia ter sido registrada uma tragédia em Concórdia, caso as crianças não conseguissem deixar a Kombi.
Fonte: Atual FM