Albino Santos de Lima, de 47 anos, foi identificado pela Polícia Civil de Alagoas como responsável por uma série de mortes. Após ser preso, o serial killer de Maceió confessou oito homicídios e a polícia encontrou fotos das lápides das vítimas em seu celular. No entanto, outras mortes podem estar associadas ao assassino em série.
A polícia investiga dez mortes que podem estar ligadas a Albino, sendo sete mulheres e três homens. Os números colocam o homem como maior serial killer da história de Alagoas.
Ele foi preso em sua residência, no dia 17 de setembro, e já foi indiciado em três inquéritos por homicídio qualificado. A polícia conseguiu chegar até Albino após o assassinato de Anna Beatriz Santos Tavares ganhar notoriedade.
A jovem de 13 anos foi perseguida e morta com tiros em setembro deste ano. As imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar Albino.
Durante a investigação, foram apreendidas uma pistola e um celular, que auxiliaram na descoberta dos crimes. O serial killer de Maceió tinha pastas na galeria de seu celular com fotos das vítimas. Alguns dos registros, inclusive, eram nas lápides em cemitérios onde essas pessoas foram enterradas.
A Polícia Civil também encontrou um calendário com as datas em que ele planejava cometer os crimes. No depoimento concedido à polícia, além de confessar oito homicídios, Albino revelou que planejava cometer mais crimes. “Futuramente, eu iria começar a fazer outros planejamentos e outras execuções”, disse.
O revólver apreendido na casa dele passou por uma perícia balística, que constatou que os disparos que causaram as mortes saíram da arma do homicida. Agora, a investigação vai analisar casos antigos não solucionados para observar possíveis outras vítimas do criminoso.
O perfil das vítimas do serial killer de Maceió
Ao analisar o perfil das vítimas do criminoso, a investigação da Polícia Civil encontrou um padrão. “As mulheres eram todas com o perfil muito semelhante: morenas, jovens e geralmente de cabelo cacheado. Dentre elas tinha uma mulher trans, também com esse mesmo perfil físico”, afirma o delegado Gilson Souza. As informações são do Terra.
Todos os alvos eram jovens, entre 13 e 25 anos. Além disso, moravam na mesma região que ele, em um raio de distância de 800 metros de sua casa. As vítimas foram mortas a tiros entre outubro de 2023 e agosto de 2024.
Albino afirmou à polícia que os jovens eram ligados a facções criminosas da região, mas a investigação não encontrou tal relação. “Nenhuma das vítimas têm envolvimento com facções criminosas”, reitera o delegado Souza.
Defesa alega que o homicida era sociopata
Geoberto Bernardo de Luna, advogado de defesa do serial killer de Maceió, afirma que Albino é sociopata.”A cabeça dele é de uma pessoa doente, de um sociopata. E esse vai ser o caminhar da minha defesa”, afirma.
Caso seja considerado sociopata, Albino ficará inimputável e poderá ser tratado em unidades de saúde como os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) ou permanecer com a família.
ND+