A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou uma ação significativa na manhã desta quarta-feira (23) ao prender preventivamente um líder religioso de 77 anos, suspeito de cometer abusos sexuais contra cerca de 50 meninas. Os casos, que envolveriam vítimas com idades entre 3 e 11 anos, foram supostamente cometidos desde 1980 na cidade de Tiros, no Alto Paranaíba.
Segundo a CNN, a investigação começou a ganhar tração em 2016 após uma denúncia específica de abuso durante um evento social, uma festa de casamento em um sítio localizado na zona rural do município. Na ocasião, a vítima era uma criança de apenas 4 anos. O líder religioso aparentemente aproveitava essas ocasiões para efetuar os abusos, muitas vezes organizando excursões com crianças para esse local.
Os relatos de abuso cometidos pelo suspeito datam de décadas atrás. Embora o caso tenha se tornado público somente em 2016, devido a uma denúncia específica, as investigações sugerem que os crimes vinham ocorrendo há mais de 40 anos. A ação inicial contra o líder religioso entrou em movimento após a alegação de abuso contra a menina de 4 anos, o que levou a polícia a aprofundar as investigações.
O suspeito residia em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a prisão foi efetuada recentemente. A captura ocorreu no bairro Samambaia IV, de onde ele foi encaminhado ao sistema prisional. Com a detenção, as autoridades esperam evitar a continuidade desses abusos enquanto as investigações prosseguem.
Desde 2016, a PCMG vem trabalhando de forma constante para reunir provas contra o suspeito. Essa investigação incluiu a coleta de depoimentos, análise de possíveis locais e identificação de outras potenciais vítimas. As informações colhidas contribuíram para o pedido de prisão preventiva, que foi prontamente cumprido pelas autoridades.
Delegacia de Polícia Civil em Tiros conduz as investigações, com o objetivo de mapear toda a extensão dos crimes e identificar novas vítimas. Até o momento, cerca de 50 meninas foram listadas como possíveis vítimas do esquema de abuso perpetrado pelo líder religioso.
Com a prisão do suspeito, a PCMG agora se concentra em coletar mais provas e testemunhos para garantir que todos os envolvidos ou coniventes sejam responsabilizados. O esforço conjunto entre delegacias da região visa amplificar a segurança das comunidades locais e restaurar a confiança da população na justiça.
Adicionalmente, psicólogos e assistentes sociais estão envolvidos para oferecer apoio às vítimas identificadas, ajudando-as a lidar com o trauma e a reintegrar-se de forma segura em seu dia a dia. A polícia reitera seu compromisso em erradicar tais violências e assegurar que os autores desses crimes enfrentem as consequências legais adequadas.
A notícia da prisão trouxe um misto de alívio e choque para a comunidade local. Por um lado, removeu da sociedade um indivíduo acusado de crimes graves e persistentes. Por outro, trouxe à tona a realidade dura e perturbadora dos abusos de longa data. As investigações em andamento oferecem esperança de justiça para as vítimas e suas famílias, enquanto ressaltam a necessidade de vigilância constante contra abusos.
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