Entre as denúncias realizadas, 1.394 foram feitas pela própria vítima, enquanto em 1,2 mil o denunciante foi outra pessoa
O Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher no país – já recebeu 84,3 mil denúncias de violência doméstica até o mês de julho, mostrando um aumento de 33,5% em relação ao mesmo período em 2023.
Em Santa Catarina, em 2024, a Central registrou 2.611 denúncias — um aumento de 29,77% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre as denúncias realizadas, 1.394 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto em 1.216 o denunciante foi uma terceira pessoa. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas. Em Santa Catarina, 1.037 denúncias tiveram este contexto.
No estado, o maior número de denúncias está relacionado à violência contra mulheres entre 40 e 44 anos, sendo 464, no total. São as mulheres brancas as vítimas mais frequentes nas denúncias (1.606) e são os seus esposos e companheiros (ou ex-companheiros) aqueles que mais cometem atos violentos (993).
“O 180 tem a característica de ser muito mais preventivo e colaborativo. Gostamos de dizer que se você precisa de informações, Ligue 180. Se você está em uma situação de emergência, ligue 190”, pontuou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. “Muitas vezes tem um vizinho, uma amiga, que não sabe o que fazer quando vivencia uma situação de violência contra a mulher. O Ligue 180 é essa referência”, completou a ministra.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Também está disponível o canal de denúncia via WhatsApp, através do número (61) 9610-0180.
Agosto Lilás
O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Lilás, voltada para conscientização e combate à violência contra a mulher. O Agosto Lilás foi criado em 2016 no Brasil, com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar, além de fortalecer a divulgação da Lei Maria da Penha, que completou 18 anos no último dia 7 de agosto.
Confira abaixo histórias de vítimas de violência doméstica. Elas são jovens, de 19 e 25 anos de idade, que se encontram internadas na clínica de reabilitação, ambientada no Hospital Santa Luzia, de Ponte Serrada.