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‘Linchamento no Facebook’: quem paga a conta?

O fato ocorrido recentemente, no município de Cordilheira Alta, fez voltar à tona a discussão sobre o perigo das redes sociais quando utilizadas de forma errada.

Após criteriosa análise da Comissão Processante, médica e técnica em enfermagem do município foram inocentadas da acusação de terem recusado atendimento a uma criança. Porém, apesar da inocência comprovada no processo, as envolvidas já haviam sido condenadas em uma espécie de ‘linchamento digital’.

RELEMBRE O CASO CLICANDO AQUI

Quando o pai decidiu desabafar sobre o não atendimento de seu filho que supostamente havia sido picado por uma aranha, ninguém quis saber se o cidadão falava a verdade. Nas redes sociais, o ‘efeito de manada’ foi violento, e fez com que as rés não tivessem direito de resposta, quem dirá de um julgamento justo.

Só na publicação original foram mais de 400 interações (curtidas), quase 200 comentários e mais de 3 mil compartilhamentos, número superior a população total do pequeno município.

Confira alguns dos comentários maldosos feitos na publicação original.
(Os comentários a seguir estão exatamente da forma  em que foram escritos na publicação do dia 11 de janeiro de 2019)

“Se fosse eu gravava e ainda dava na cara dela onde já se viu.
Bando de vadias preguiçosa tem q denuncia. Pra secretaria da saúde faze essa vadia q pra mim são vadias fica sentada em casa e n faze isso”.

“Poca voi trabalhem nao só pelo dinheiro trabalhem com o coração por que amanhã Pode ser vc que é da área da medicina precisando”.

“Porque uma pessoa como essa doutora se forma e não presta pra proficao”

“Tomara q cassem o CRM dessa vaca”.

“Deveria ter divulgado o nome da médica, trabalho na saúde pública TB existem sim agendamentos, mas existe tb o bom senso e o profissionalismo coisas que essa daí n tem e isso ficou evidente, cadê os gestores para cobrar comprometimento dos profissionais?”

“Os médicos trab no mínimo 2 horas e ganha o restante do dia deitado nas cama do posto , para passar o dia”

No final, a história não era bem assim…
A criteriosa análise esclareceu muitos pontos que foram ‘omitidos’ no vídeo:
Não fazia meia hora, como foi falado no vídeo, que a família estava na unidade básica de saúde.

A criança entrou na UBS acompanhada exclusivamente pela mãe. O pai chega cinco minutos mais tarde, 8 minutos depois começa a gravar o vídeo, e imediatamente após terminar a gravação, vai embora juntamente com sua esposa e filho.

Também não é verdade que a criança não foi atendida. Ela foi acolhida pelas servidoras, que em seguida realizaram a triagem, e o caso não foi identificado como urgência e emergência.

O médico que atendeu a criança no Hospital de Coronel Freitas também afirmou em depoimento que o caso não era de urgência e emergência e, ainda, que sequer ficou comprovada a picada de aranha

A unidade de saúde não estava vazia no momento em que o vídeo foi gravado. O fato foi provado nas câmeras de segurança internas, e confirmadas no prontuário de atendimento;

O pai da criança confessou no depoimento não ter ouvido da médica da UBS de Cordilheira Alta que a criança não seria atendida. A mãe afirmou não ter tido contato com a médica, e portanto, também confirmou não ter ouvido a negativa de atendimento.

… Elas foram inocentadas perante a lei, porém condenadas pela sociedade. E agora, quem arca com os prejuízos?

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