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Lobo-guará é adotado ao ser confundido com filhote de cachorro

Peludinho, com olhos curiosos, orelhas bem atentas e interagindo com os brinquedos pets. Semelhante a um filhotinho de cachorro, essa fofura foi encontrada por um morador de Monte Santo de Minas, em Minas Gerais, sozinho, vagando pela rua, durante a noite. O cidadão se apaixonou pelo orelhudo brincalhão e o adotou. A convivência durou quatro meses até que as mudanças físicas do crescimento chamaram a atenção do seu tutor.

“Ele teve uma mudança na cor da pelagem, alongamento das pernas e orelhas, características físicas predominantes do lobo-guará”, explica o Analista Ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Cássio de Sousa Borges.

Ao descobrir que não se tratava de um cão, o tutor precisou entregar o filhote de lobo-guará aos órgãos ambientais. O especialista explica que, por se tratar de animal silvestre e ameaçado de extinção, ele não pode ser mantido em ambiente doméstico. “Além do motivo legal, existe a motivação ecológica. Ele mantém seus instintos de vida silvestre e pode, ainda que sem intenção, causar algum tipo de reação. “É válido ressaltar que não há histórico de domesticação da espécie guará da maneira que houve com o cão doméstico”, acrescenta.

Para garantir o bem-estar do filhote, ele recebe tratamento no Bioparque Zoo Pomerode, que há mais de 90 anos é referência nacional no acolhimento e atendimento de espécies ameaçadas de extinção ou retiradas de situações de risco. “Por ele não ter convivido com a mãe, nunca aprendeu a buscar alimento, abrigo e a se defender. Sendo assim, ele não conseguiria sobreviver sozinho, pois se tornaria uma presa fácil ou não encontraria a própria comida”, afirma a bióloga educadora Jenifer Kroth.

No bioparque, ele vive em um recinto ideal para a sua espécie, com árvores frutíferas, arbustos, toca, lago, entre outros elementos da natureza. E se alimenta com frutas, legumes e uma mistura de carnes. A profissional que acompanha o lobinho conta que também são realizadas atividades para estimular os seus instintos. “São ações que trazem dinamismo e desafios para ele. Adotamos formas para que ele tenha que procurar o alimento, usar mais o faro, ser esperto, entre outros sentidos, que ele teria que utilizar de forma frequente no ambiente externo”. Atualmente, o lobinho divide o habitat com uma lobo-guará fêmea adulta. A bióloga conta que a conivência é importante para que ele desenvolva ainda mais seus instintos.

Espécie ameaçada de extinção

O lobo-guará está na lista de animais ameaçados de extinção no Brasil. A bióloga explica que as maiores ameaças são a caça, queimadas, doenças transmitidas por animais domésticos e atropelamentos, quando estes vivem perto de rodovias. Para preservar a espécie, instituições brasileiras integram o Programa de Conservação do Lobo-guará, que realiza ações para o tratamento, acolhimento e preservação dos animais, assim como buscam informar a comunidade para prevenir possíveis situações. “Ele é de extrema importância para a biodiversidade e para a natureza. É conhecido como o ‘semeador do cerrado’, por espalhar sementes quando se alimenta de frutos”, finaliza.

Fonte: SCC10

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