Familiares de Neusa Fatima Hedel vítima de um atropelamento na avenida Dom Pedro II, fizeram uma manifestação pacífica neste domingo (04), as 16h no local da tragédia. Neusa e a neta de 06 anos foram atropeladas enquanto atravessavam a rua em Lages no dia 04 de agosto. A avó teve ferimentos graves, foi encaminhada ao hospital mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
No dia que marcou um mês da tragédia, os manifestantes pedem mais segurança no local, como uma lombada física e uma faixa de pedestre visível. No ato, fizeram orações e soltaram balões brancos em homenagem à Neusa Hedel.
Cristiano Hedel, filho de Neusa Hedel, que morreu no acidente, fala sobre a manifestação.
“Nós estamos reivindicando, fazendo essa parada aqui pacífica pra ter mais segurança, infraestrutura que tenha alguma algumas lombadas elevadas aqui, sinalização, de velocidade, com radar, para que não aconteça isso com outras famílias. Porque a região aqui tem três escolas, tem duas creches, então é um movimento, um fluxo aqui. Várias arteriais que passam por ela, então é um fluxo de algo grande. E não tem nenhum tipo de fiscalização de velocidade aqui. Sendo que tem placa de 30km a 60km por hora mas todo mundo passa acima dessa velocidade. Então a reivindicação é por ter mais segurança, mais mobilidade. Essa conscientização”.
No dia 30 de agosto, a Secretaria de Planejamento e Mobilidade de Lages anunciou que a Av. Dom Pedro II, local onde aconteceu a tragédia, contará com travessia elevada. Cristiano, acredita que com essa medida os acidentes diminuam.
Reduz porque os carros são obrigados a parar. Tendo essa lombada se o carro que não parar, vai estragar o carro, vai danificar. Se não tiver essa conscientização da população, não vai parar nunca essa velocidade.
A criança de 06 anos, neta de Neusa, que também foi vítima do atropelamento, esteve presente na manifestação. Cristiano relata o estado de saúde da criança após um mês do acidente.
“Ela teve um traumatismo craniano, um traumatismo na púbis. Ela quebrou o quadril, só que não precisou operar, nem a cabeça, nem o quadril. E a clavícula foi quebrada. Ela está tendo uma recuperação boa, só que ela não quer sair de casa, ela está com trauma psicológico. Então está todo mundo mobilizado pra ela melhorar. Essa perca só não foi maior porque ela felizmente ficou com nós”.
Cristiano deixa uma mensagem de conscientização para a população lageâna sobre ter mais cautela e consciência no trânsito
“O que eu aprendi nesses últimos dias é dizer para a população, se conscientizar em sair mais cedo de casa, não sair com pressa, não sair atrasado e se você ama alguém abraça hoje porque amanhã você pode não ter essa oportunidade e não conseguir mais. E eu não vi minha mãe. Eu fui trabalhar, voltei pra casa e não vi mais ela. Faz um mês que eu não vejo ela”.
Fonte: SCC