O movimento em favor da beatificação do catarinense Marcelo Henrique Câmara ganha mais um impulso neste ano. No próximo dia 20 será inaugurado o Memorial Marcelo Henrique Câmara, marcando os 16 anos da morte do catarinense. No dia 6 de abril, será realizada a solenidade de conclusão da fase arquidiocesana da causa de beatificação. Em seguida, o processo seguirá para o Vaticano, onde seguirá na fase romana.
Segundo o padre Vitor Feller, postulador da fase arquidiocesana, o objetivo é que o memorial seja um local de oração e peregrinação para que os fiéis busquem a intercessão em suas próprias vidas e necessidades materiais e espirituais.
Além disso, o local poderá abrigar relíquias e documentos relacionados a graças e milagres atribuídos à intercessão de Marcelo, fortalecendo a fé daqueles que os testemunharam.
“Estamos muito ansiosos, pois este é um momento muito importante para a causa, que depois terá o processo enviado para o Vaticano para o início da fase romana”, declara Marizete Polli, presidente da Associação MHC (Marcelo Henrique Câmara).
Os dois eventos acontecem no Santuário Sagrado Coração de Jesus, na praia de Ingleses, em Florianópolis, onde está o túmulo de Marcelo.
Sobre o processo
Em 2018 foi realizado o pedido de abertura do processo de beatificação e entregue ao arcebispo de Florianópolis. Em 2019 foi feita a consulta à CNBB regional Sul 4 sobre a relevância da causa para a igreja, publicado o edital da causa na arquidiocese e recebido o Nihil Obstat (nada obsta) da Santa Sé.
Em 8 de março de 2020, pouco antes do início da pandemia, foi realizada a convocação da primeira sessão do tribunal eclesiástico com a abertura do processo de beatificação de Marcelo. De 2020 a 2023 ocorreu a instrução do inquérito diocesano pelo tribunal eclesiástico, oitiva de testemunhas e coleta da prova documental.
Caso precisa de aprovação do Papa
Após a sessão solene de encerramento da etapa arquidiocesana da causa que será realizada no dia 6 de abril, o processo será enviado para o Vaticano para o início da fase romana. Nesta fase, os especialistas no dicastério para as causas dos santos examinam o caso, o Vaticano reconhece as virtudes heroicas do servo, que recebe o título de venerável, a intercessão por um milagre é comprovada, e o parecer é encaminhado ao Papa que beatifica o venerável e recebe o título de beato. Em seguida, a intercessão por um segundo milagre é comprovada e então o Papa canoniza o beato, que recebe o título de santo da igreja católica.
História de santidade
Jovem, leigo, estudante de direito, professor e promotor de Justiça, Marcelo morreu em 20 de março de 2008 com fama de santidade, aos 28 anos.
Após a conversão num retiro promovido pelo Movimento de Emaús, participava da vida paroquial na paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro dos Ingleses, no Norte da Ilha, onde era catequista de adultos e ministro extraordinário da sagrada comunhão.
Dedicou-se aos estudos e pesquisas no curso de direito e, depois, no ensino, como professor titular no IES e professor substituto na Universidade Federal de Santa Catarina. Mesmo em meio à doença, estudou para se tornar promotor de Justiça, cargo que exerceu por um ano. Por quatro anos, lutou contra uma leucemia.
“No começo deste terceiro milênio, em meio aos desafios de um mundo altamente secularizado, Marcelo nos confirma que a santidade é possível e é um chamado para todos os estados de vida. É possível ser jovem e ser santo”, ressalta o postulador da causa, padre Vitor Feller.
Contribuição
A obra do memorial será realizada com a ajuda dos fiéis devotos de Marcelo Câmara. As contribuições podem ser realizadas pelo Pix [email protected], conta corrente 18.051-3, BB, agência 4428-8, CNPJ 32.188.231/0001-67.
Fonte: NDmais
Fotos: Divulgação
