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MED CENTER: Doutor Eduardo explica o que é e o que fazer no Setembro Amarelo

Muito se ouve falar em Setembro Amarelo mas pouco se sabe qual é realmente o sentido deste movimento. Para esclarecer as dúvidas, o médico da Med Center,  Eduardo Gonzatto Silveira, responde algumas questões.

O que é setembro amarelo?

Esse imenso movimento, ao qual denominamos setembro amarelo, teve origem nos Estados Unidos, em 1994, e em 2003 foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na data de 10 de setembro, para ser o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, sendo oficialmente implantado no Brasil em 2015.

O projeto é um trabalho conjunto do CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

Em 2022 temos o tema: “a vida é a melhor escolha”, com diversas ações sendo desenvolvidas, com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do suicídio e dar visibilidade à causa, sendo que atualmente é a maior campanha de conscientização contra o suicídio do mundo.

Como contribuir com essa data?

Há diversas maneiras de contribuirmos com essa data, e com indivíduos nessa situação.

Primeiramente precisamos ter noção de que é um problema real da nossa sociedade, e que sim, pode ser prevenido, quando há a correta abordagem das pessoas e estratégias em saúde pública, ou seja, pode ser evitado!

Quando temos essa consciência, conseguimos nos aprofundar no tema e ver que até mesmo pessoas leigas conseguem tornar-se parte de uma espécie de rede de apoio.

As maiores dúvidas em relação ao suicídio normalmente são de pessoas próximas de alguém que dá sinais de ideação suicida. Então, na prática, como você pode contribuir com essa pessoa?

Primeiramente, é preciso valorizar o que a pessoa está trazendo, empatizando com a situação e escutar totalmente sem trazer julgamentos de valor.

Quem está considerando o suicídio precisa, antes de tudo, ser ouvido. E você pode ser esse contato inicial. É importante que a pessoa saiba que você está ali com ela, e que ela realmente não está sozinha e pode contar com ajuda.

É comum nesses casos, a pessoa entrar num estado de desesperança tão profundo, que de certa forma ela perde a lucidez, vendo tudo por um filtro extremamente negativo, esquecendo que ela tem pessoas que podem ouvi-la, e que toda a sua situação pode ter um tratamento.

Lembrar de nunca usar expressões que diminuam como ela se sente, como: “isso não é nada”, “tem gente em situação muito pior”, ou então “a culpa é sua”. É um momento de acolhimento, e não de repressão.

Se possível, para todo esse diálogo, escolha locais fechados, de preferência um ambiente confortável e sem interrupções.

Na maioria das vezes, não basta apenas recomendar que busque um tratamento, é necessário conduzir a pessoa até um atendimento, marcando consulta junto com ela, ou acompanhando se for o caso, também se mostrando disponível para as orientações que o médico e/ou psicólogo vão passar.

Caso você não seja muito próximo, contate alguém (familiar, amigo, cuidador) que possa vir auxiliar a pessoa, e entrar em contato com ajuda especializada, como médico, médico psiquiatra ou psicólogo.

Como notar que uma pessoa está sofrendo?

Importante ficar atento aos sinais. Na grande maioria dos casos é possível identificar uma progressão que conduz uma pessoa desde a ideação (pensar no ato) até a efetivação propriamente dita.

Então, há alguns sinais que podemos perceber no dia-a-dia:

– Desesperança, baixa autoestima, pessimismo, sentimento de que nada vai dar certo e falta de perspectiva de futuro;

– Alguns indivíduos começam a organizar testamentos ou fazer seguros de vida. Podem, ainda, escrever cartas, posts, ou fazer ligações se despedindo ou em tom de despedida;

– Falas como: “Vou desaparecer para sempre”, “Vou parar de incomodar vocês”, “Só queria dormir e não acordar mais”, “Não adianta fazer nada, melhor me matar”;

Os sinais podem variar e não representam o diagnóstico em si, podendo nem estar presentes ou então estar presentes e não indiciarem necessariamente risco de suicídios. Mas como são usualmente associados ao perfil, vale a pena observá-los.

É importante notarmos alguns fatores de risco, para prontamente reconhecermos uma pessoa que pode estar nessa situação, visto que nem sempre os sinais serão tão evidentes.

Dentre os fatores de risco, temos 2 principais:

Tentativa prévia e transtorno mental. A imensa maioria das pessoas com ideação apresentam um ou mais diagnósticos psiquiátricos. Os transtornos de humor, em especial os estados depressivos, representam o diagnóstico associado mais frequente.

Outro ponto a entendermos é que a maior faixa de prevalência está entre homens e em maiores de 65 anos. Esse é o nosso maior grupo de risco hoje, esses são os indivíduos que precisamos estar mais atentos.

Portanto, não é comum o idoso ficar isolado, com dor crônica, pessimista. Nada disso é normal, e hoje, tudo isso tem tratamento. Todos esses distúrbios, tão relacionados com o suicídio, hoje, possuem tratamento.

Hoje temos inúmeros casos, de histórias, onde pessoas receberam a ajuda correta, na hora certa, evitando um desfecho trágico. E muitas pessoas, que tiveram uma tentativa, hoje vivem com boa qualidade de vida, superaram suas dificuldades e perceberam a inadequação da tentativa prévia.

Quando é necessário e com quem buscar ajuda?

Uma das maiores barreiras para a prevenção e para o tratamento, é justamente o fato de que o assunto ainda é um tabu, quando na realidade, trata-se de um imenso problema de saúde pública, que ainda não é cuidado de forma adequada.

Eu costumo dizer que a imensa maioria das pessoas precisam de psicoterapia. Mesmo aqueles que não apresentam uma doença propriamente dita, mas por cunho de autoconhecimento. Então a ajuda, nesses casos, é sempre necessária, e quando antes iniciar, melhor.

A busca de ajuda especializada, transpassa por qualquer profissional habilitado, principalmente médico, médico psiquiatra, ou psicólogos. Porém, nem sempre é tranquila a decisão de buscar ajuda, pois ainda existe preconceito em relação a esses profissionais relacionados à saúde mental.

Na prática, a intervenção médica torna-se muito eficaz, seja pela escuta terapêutica, sendo esse diálogo essencial, até mesmo pela medicação, exigida em muitos casos.

Como uma equipe formada principalmente por médicos, nós, da MedCenter, estamos sempre disponíveis para atendimentos desse cunho.

Gostaria de deixar uma alternativa para algumas pessoas. O CVV (Centro de Valorização da Vida) dispõe de um serviço de apoio emocional gratuito e realizado por voluntários via telefone, chat ou e-mail. O modelo é sigiloso e não diretivo, ou seja, não há aconselhamento ou julgamento. O número disponível é o 188.

Em caso de emergência, caso você seja um conveniado, entre em contato com a MedCenter, ou então, contate o Samu (192).

A vida é a melhor escolha!

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "Não é só tratar uma enfermidade. E tratar um ger humano MED MÉDICOEMCASA"

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