Morreu nesta terça-feira (14), aos 97 anos, o ex-governador Colombo Machado Salles. A notícia foi confirmada pelo Governo de Santa Catarina, que decretou luto oficial de três dias.
Em outubro, Colombo Salles foi internado por cerca de dois dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Imperial Hospital de Caridade, em Florianópolis, por infecções urinárias recorrentes e edemas pulmonares.
O político morreu em seu apartamento e deixa a esposa, Daisy Werner Salles, e três filhos, Maria José, Bertholdo e Marcelo.
Pelas redes sociais, o governador Jorginho Mello demonstrou seu pesar pela morte do político:
— Recebi com tristeza a notícia do falecimento do ex-governador Colombo Machado Salles, aos 97 anos. Salles foi um bom sujeito e um homem de grande espírito público. Sua contribuição para nosso estado deixa um legado que perdurará na história. Decretamos luto oficial de 3 dias em sua memória. Que Deus conforte a família nesse momento difícil — disse o governador Jorginho Mello.
Natural de Laguna, Colombo Machado Salles governou Santa Catarina entre 1971 e 1975. À época, ele era filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena) e foi indicado ao cargo pelo presidente, Emílio Médici. Engenheiro civil de formação, Salles costumava dizer que foi alçado ao Executivo por conta de seu perfil técnico. Sua missão era fazer uma renovação política no Estado, até então comandado por oligarquias.
— Eu fui um acidente na vida política de Santa Catarina — declarou o ex-governador, em entrevista à rádio CBN, em 2016. — Estava dando uma aula inaugural na Universidade Federal de Goiânia, quando interromperam minha aula para comunicar que eu havia sido indicado governador. Eu me preparei para ouvir uma vaia.
A gestão foi marcada pelo Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD), que teve como objetivo principal a integração regional de Santa Catarina. Foram mais de 500 quilômetros de estradas, que resultaram na modernização da rede de comunicações e na implantação de 85 mil linhas telefônicas. O político também criou a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Fonte: NSC