Ainda tem muita água para passar por debaixo da ponte das eleições de 2026, mas quem estiver pensando que é tempo demais, o jogo já começa atrasado. Com o resultado eleitoral de 2024 definido, os movimentos para daqui a dois anos estão iniciados. A começar pela satisfação ou não dos partidos com o que ouviram das urnas. Isto já indica que as composição atuais da política catarinense podem sofrer alterações. Nada imediato, mas a passos lentos, por enquanto. É o caso do MDB, por exemplo, que saiu incomodado com o PL.
Pelo que sabemos dos emedebistas, dificilmente eles farão um movimento abrupto de deixar o governo Jorginho Mello. Caso isto realmente ocorra, o passo deve ser dado somente perto de 2026. Em contrapartida, o PSD já deve fazer sinais de que pretende concorrer contra o atual governador daqui a dois anos. A começar pela presidência da Alesc
Nas próximas semanas devem ser iniciadas as conversas para a composição da Mesa Diretora da Alesc para 2025/2026. O presidente deve ser mesmo Julio Garcia (PSD). Garcia quer voltar ao cargo, e tende a receber grande apoio dentro da Assembleia. O atual presidente, Mauro de Nadal (MDB), não fará movimentos para permanecer na função. Ou seja, é questão de tempo para uma resolução.
Em paralelo, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), não esconde de ninguém que pode ser candidato ao governo ou ao Senado em 2026. Pelo partido NOVO, Adriano Silva é uma aposta estadual. Ele também não crava nada sobre o futuro. O NOVO e o PSD fizeram alianças por Santa Catarina já pensando nas eleições que virão. Adriano e João, portanto, devem estar na mesa trincheira.
Tudo que vier daqui para frente na política catarinense será de olho em 26. Porém, lembrando das últimas duas eleições para o governo, em nenhuma delas a disputa municipal anterior teve influência, com ondas bolsonaristas arrastando as urnas. É por isso que os movimentos futuras tendem a aliar as duas coisas: a política tradicional e o bolsonarismo.
Ânderson Silva – NSC