Alguns investidores pensam que, para lucrar no mercado financeiro, é preciso investir valores altos com frequência. Mas, além de equivocada, essa ideia deixa de lado outro ponto que é preciso considerar: o tempo. Um dos fatores mais importantes na construção de uma carteira sólida de investimentos é a boa e velha paciência, que tem tudo a ver com o uso do tempo como combustível para potencializar os ganhos no longo prazo. Assim, compreender o papel do tempo no trabalho dos investimentos é de suma importância para fazer as escolhas certas.
“Quanto mais TEMPO o dinheiro trabalhar para você, MELHOR ele irá performar. Então, quanto antes você começar a investir, mais fácil será a construção da riqueza no longo prazo”, destaca Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus.
Esse e outros insights valiosos fazem parte de um passo a passo criado pela Empiricus com o objetivo de ajudar investidores a organizar o orçamento mensal e, principalmente, fazer o dinheiro trabalhar de forma inteligente ao longo de 2024.
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Entenda a ‘mágica’ dos juros compostos nos investimentos
Como dito anteriormente, o tempo é uma importante variável na busca por rendimentos interessantes no mercado financeiro. E ele é geralmente influenciado por um velho conhecido dos investidores: os juros compostos. É o que destaca Larissa em um dos principais módulos do “Jornada da Liberdade Financeira”, passo a passo criado pela Empiricus para ajudar investidores que desejam destravar o orçamento em 2024.
A analista explica a “mágica” por trás do mecanismo: os juros compostos trabalham sobre o montante total acumulado, incluindo os juros anteriores ao investimento inicial. Ou seja, ao longo do tempo, seus ganhos se multiplicam exponencialmente – gerando rendimentos adicionais ao longo do período de aporte. Ficou confuso de entender? Então, vamos a um exemplo destacado por Larissa em uma das aulas do curso. Suponha que você tenha R$ 100 investidos que rendam 10% ao ano. Dessa forma, ao final do primeiro ano, o valor inicial aportado será de R$ 110. A partir disso, o que os juros compostos fazem é trabalhar sobre o valor já atualizado – ou seja, em cima dos R$ 110, e não sobre o aporte inicial.
A força da multiplicação exponencial
Esse ciclo de “trabalho” dos juros compostos continua ano após ano, revelando seu verdadeiro poder transformador. A cada ano, os rendimentos são calculados sobre o montante total acumulado, gerando uma multiplicação exponencial dos ganhos. Assim, ao final de alguns anos, o efeito dos juros compostos é notável. Isso porque, se no primeiro ano você ganhou R$ 10 sobre o aporte inicial, no segundo ano são R$ 11, no terceiro ano são mais R$ 12,10, e assim por diante. Ou seja, o ciclo se intensifica – resultando em um crescimento que vai além da simples soma linear.
Comece o quanto antes a investir para buscar um ciclo contínuo de crescimento financeiro
Entretanto, vale lembrar que poupar por um período predefinido não é o suficiente para fazer um montante investido trabalhar de forma inteligente no longo prazo. Veja, por exemplo, o gráfico a seguir, que leva em consideração um investimento com retorno de 8% ao ano até os 65 anos de idade de cada investidor.
Luiza, Fabiana e Marcos investiram montantes iguais em diferentes períodos de suas vidas. Como é possível observar, Luiza investiu sem parar desde os 25 anos, acumulando a maior riqueza. O detalhe, porém, está na situação de Fabiana, que investiu durante 10 anos e parou, acumulando mais riqueza do que Marcos – que investiu a partir dos 35 anos de idade. Mesmo investindo um montante menor que o de Marcos, Fabiana viu seu patrimônio evoluir por conta do trabalho dos juros compostos.
“O seu processo de criação e composição de patrimônio não necessariamente é influenciado pelo montante de dinheiro que você aporta, mas na consistência dos aportes e no tempo em que ele permanece trabalhando”, aponta Larissa.
Portanto, ao entender esse mecanismo, você não está só aplicando dinheiro, mas também contribuindo para um um ciclo contínuo de crescimento financeiro. Ao atuarem sobre o valor já atualizado, os juros compostos transformam investimentos modestos em uma espécie de “bola de neve” que se retroalimenta. Ou seja, eles trabalham para si.
Fonte: Jovem Pan.
Imagem: Freepik.