Se as obras vão se viabilizar é uma outra discussão, mas pelo menos nas estimativas, os planos para novas ferrovias em Santa Catarina são ainda mais ambiciosos do que a Via Mar, se levadas em conta as projeções de investimentos. Enquanto a rodovia paralela à BR-101 poderá custar até R$ 9,2 bilhões, conforme estimativa da Fiesc, os dois ramais ferroviários em estudo têm avaliação de serem construídos por R$ 12 bilhões. A despesa com os projetos executivo em execução também é maior com as ferrovias. Nos dois casos, estrada de ferro e nova rodovia, não há ainda nenhuma modelagem definida para garantir os recursos, nem mesmo para a esperada participação da iniciativa privada.
Neste momento, a elaboração dos projetos de engenharia das ferrovias entre Chapecó e Correia Pinto (319 km) e entre Araquari se encaminham para a reta final, com previsão contratual de entrega entre fevereiro e março de 2025. Os trabalhos começaram a ser executados no final de 2022. As contratações dos projetos pelo governo do Estado têm custo perto de R$ 33 milhões.
Projetos executivos foram autorizados na semana passada
As duas ferrovias projetadas se conectam com a Malha Sul. No caso da ligação entre Chapecó e Correia Pinto, o custo da obra é estimado em US$ 2 bilhões. O ramal pode ser utilizado para o transporte para portos da produção do Oeste e de demais regiões no entorno do traçado. A ligação entre Araquari e Navegantes conectará por ferrovia dois complexos portuários do Estado – Araquari já tem ramal com São Francisco do Sul. O custo é estimado em US$ 300 milhões.
Os lotes de projetos autorizados para a Via Mar, no segmento entre Joinville e Itajaí (a licitação do projeto do trecho entre Itajaí e o Contorno Viário da Grande Florianópolis está em preparação). Os projetos têm dois anos para ficarem prontos. Os estudos ambientais para a Via Mar estão em contratação. A rodovia paralela à BR-101 tem traçado proposto de 145 km.
NSC
