Você já imaginou a possibilidade de continuar interagindo com entes queridos em uma vida após a morte? Um novo estudo, liderado pelo professor Masaki Iwasaki da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul, mergulhou nas percepções da população sobre a clonagem digital e a potencial ressurreição virtual de pessoas falecidas.
O estudo revela que a ideia de clonagem digital está se tornando mais aceitável, especialmente quando a pessoa falecida deu permissão antecipada.
Surpreendentemente, 58% dos entrevistados pelo cientista consideraram socialmente aceitável a ressurreição digital quando o consentimento prévio foi dado.
Entretanto, mesmo com o consentimento do falecido, muitos ainda expressaram relutância em relação a qualquer procedimento de clonagem digital.
Quando a pessoa não deu consentimento ou expressou discordância em vida, apenas 3% dos entrevistados aceitaram a ideia. Isso destaca os desafios éticos e as divisões de opinião em torno dessa “ressurreição virtual”, segundo o estudo.
O estudo destaca a importância de documentar claramente os desejos relacionados à própria morte. Uma atitude cautelosa envolve comunicar esses desejos à família para consideração em momentos futuros.
Este passo, sugerido pelo professor Iwasaki, ganha relevância à medida que as tecnologias de inteligência artificial avançam, permitindo a criação de clones digitais com base em dados pessoais.
O futuro da vida após a morte digital
Segundo Iwasaki, empresas já estão explorando serviços de ressurreição digital acessíveis ao público. O trabalho do pesquisador destaca que a maioria das pessoas ainda se sente hesitante em criar um clone digital de si mesmas ou de entes queridos, mesmo que seja socialmente aceitável.
Embora a ressurreição digital esteja no horizonte, a sociedade ainda está se adaptando a essa ideia ousada. O estudo não apenas revela a complexidade das opiniões sobre a vida após a morte digital, mas também aponta para a importância de considerar o consentimento pós-morte como guia ético nesse novo território.
Se você está curioso sobre o que o futuro reserva para a relação entre tecnologia e vida após a morte, continue acompanhando as inovações que estão moldando nossa compreensão do que significa verdadeiramente partir.
Fonte: ND+
Imagem: Unsplash/Divulgação/ND