O cartão azul deve ser a principal novidade que a Fifa vai anunciar nesta sexta-feira, durante congresso da International Board, braço da entidade que define regras e critérios de arbitragem. Mas o que a Fifa pretende com o cartão azul? Como ele de fato deve funcionar? O MAIS QUE UM JOGO tenta esclarecer.
O cartão azul vai ser aplicado pelo árbitro em três tipos de situação: caso o jogador pare um ataque perigoso do adversário, pratique a simulação de uma falta tentando enganar o árbitro, ou reclame de maneira agressiva e constante com o trio de arbitragem. O jogador que for punido fica dez minutos fora de campo, deixando seu time com dez jogadores. Caso ele tome dois cartões da cor azul ou um cartão azul e um cartão amarelo, será expulso.
A Fifa planeja com isso facilitar a vida dos árbitros, evitando que jogadores passem boa parte do tempo reclamando das decisões que a turma do apito toma em campo. Além disso quer inibir lances que possam gerar interpretações equivocadas, como a simulação de pênalti.
A expectativa é que o cartão azul comece a ser usado na fase final da Copa da Inglaterra ou em torneios de juniores organizados pela entidade. Isso em fase de testes.
Até aqui o futebol apresenta apenas o cartão amarelo e o cartão vermelho. Ambos foram criados na Copa do Mundo de 1970 para evitar a postura agressiva de alguns jogadores. Na época a entidade criou o cartão porque Antonio Ubaldo Rattin, jogador argentino, se recusou a deixar o campo na partida de sua seleção com a Inglaterra na Copa do Mundo de 1966. Ele foi expulso pelo árbitro. Mas entendeu que não deveria sair e o jogo ficou paralisado por 20 minutos até que o mesmo fosse convencido pelos companheiros. Assim a Fifa viu a necessidade de criar os cartões.
Fonte: NDmais
Foto: Odd ANDERSEN / AFP / ND