Diversos órgãos de imprensa noticiaram nesta quarta-feira (18/9) que o ataque realizado na véspera contra o Hezbollah no Líbano com pagers que explodiram foi planejado e executado pela agência de espionagem de Israel, o Mossad.
Segundo a Reuters, uma fonte de alto escalão de segurança do Líbano e outra fonte disseram que explosivos foram plantados em 5 mil pagers fabricados em Taiwan e que foram comprados pelo Hezbollah.
Fontes dos Estados Unidos e de Israel disseram aos veículos Axios e Al-Monitor que os explosivos foram detonados antes do planejado — depois que o Hezbollah descobriu o plano. A fonte disse que o plano original é que esse ataque com pagers fosse o primeiro passo em uma ofensiva de maior escala.
O correspondente de segurança da BBC News, Frank Gardner, disse que “todos os sinais apontam para o Mossad”.
Diversos órgãos de imprensa noticiaram nesta quarta-feira (18/9) que o ataque realizado na véspera contra o Hezbollah no Líbano com pagers que explodiram foi planejado e executado pela agência de espionagem de Israel, o Mossad.
Segundo a Reuters, uma fonte de alto escalão de segurança do Líbano e outra fonte disseram que explosivos foram plantados em 5 mil pagers fabricados em Taiwan e que foram comprados pelo Hezbollah.
Fontes dos Estados Unidos e de Israel disseram aos veículos Axios e Al-Monitor que os explosivos foram detonados antes do planejado — depois que o Hezbollah descobriu o plano. A fonte disse que o plano original é que esse ataque com pagers fosse o primeiro passo em uma ofensiva de maior escala.
O correspondente de segurança da BBC News, Frank Gardner, disse que “todos os sinais apontam para o Mossad”.
“O rastro da investigação envolve seis lugares, ou talvez até mais”, diz Gardner.
Os pagers explodiram em dois países: Líbano e Síria. O Irã — país que apoia o Hezbollah financeiramente — teve seu embaixador em Beirute ferido nas explosões.
Taiwan é apontado como a origem dos pagers, já que eles tinham o logo de uma empresa taiwanesa chamada Gold Apollo. Mas a empresa diz que os pagers foram fabricados na Hungria.
“E por fim há Israel, o país cuja agência de inteligência externa provavelmente sabe exatamente como tudo isso aconteceu”, diz Gardner.
Israel não comentou o ataque. Segundo o repórter da BBC, nenhum outro país tem a capacidade técnica e a intenção de infligir um dano ao Hezbollah.
Além disso, Israel teria um histórico. Em 1996, a agência de inteligência interna, Shin Bet, assassinou um fabricante de bombas do Hamas, Yahya Avyash, sabotando seu telefone celular, que explodiu.
Tanto o Hezbollah quanto o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, atribuíram o ataque a Israel. O Exército israelense não quis comentar o assunto.
O embaixador iraniano em Beirute estava entre os feridos. A sua esposa disse que ele passa bem.
A explosão dos pagers usados pelo Hezbollah deixou ao menos nove pessoas mortas e milhares de feridos, informou o Ministério da Saúde do país.
O Hezbollah afirmou que oito membros do grupo foram mortos nos ataques. Além deles, morreu também uma menina em meio às ocorrências.
Os pagers — ou “bipes” como eram conhecidos no Brasil — são uma tecnologia relativamente esquecida nos dias de hoje, mas voltou ao noticiário após os ataques de terça-feira.
Antes do amplo uso de telefones celulares a partir da década de 2000, os aparelhos eram muito usados por pessoas como médicos, que precisavam receber mensagens a qualquer momento. O pequeno aparelho, do tamanho de um maço de cigarros, costumava ser portado em cintos.
Eles eram acionados por transmissores de alta potência — ou seja, não dependiam de muitos transmissores espalhados pelas cidades, ao contrário do que acontece com telefones celulares.
Ao receber uma certa frequência, os pagers disparam um som e exibem uma curta mensagem de texto — e o dono do aparelho busca um telefone para ligar para uma central de mensagens ou se deslocar para um determinado local.
O Hezbollah estaria usando pagers para evitar telefones celulares, já que pagers não são localizados por GPS ou qualquer outro meio.
Fontes disseram à Reuters que o Hezbollah suspeitava desde o ano passado que Israel estava rastreando seus celulares.
Em fevereiro, combatentes do grupo libanês foram proibidos de usar telefones durante operações.
Altas autoridades do Hezbollah evitavam portar o aparelho em reuniões. Um líder disse que os telefones eram mais perigosos que espiões israelenses.
Em discurso televisionado, o líder Hassan Nasrallah pediu que seus apoiadores quebrassem, enterrassem ou trancassem em um cofre seus celulares.
O grupo optou então por usar pagers. Mas o especialista em segurança Joseph Steinberg disse à Reuters que o Hezbollah deixou claro demais sua política contra celulares.