Chanderson Antunes tem 31 anos e recentemente passou pelo segundo procedimento cardiológico. A cirurgia para troca de válvula e a recuperação estão ocorrendo no Hospital Regional São Paulo (HRSP) – referência em cardiologia.
Na última sexta-feira (27), quando completou 40 dias de internação, Chanderson recebeu uma visita especial. Acompanhando da equipe assistencial e de enfermagem o paciente foi até a porta do hospital para rever os quatro cães de estimação. A ação foi possível depois de uma criteriosa avaliação e supervisão da equipe médica.
O supervisor de manutenção, que reside em Xaxim, conta que o tratamento no HRSP tem sido muito positivo. Chanderson destaca que o profissionalismo da equipe médica, de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionistas e demais profissionais que atuam no hospital, tem sido fundamental para a recuperação.
No entanto, revela que mesmo tendo o total apoio clínico e o constante acompanhamento de um familiar, a saudade dos quatro cães de estimação estava grande. A psicóloga Carolina Kist explica que o pedido do paciente para ver os cães foi analisado criteriosamente antes que houvesse a permissão.
“Entendemos que os familiares são essenciais no processo de tratamento do doente – em conjunto com a medicação e a terapêutica trabalhada pela equipe multiprofissional. Com os pet’s não é diferente. O pet atua como um cuidador – ultrapassando a barreira de apenas um animal de estimação – ajudando a diminuir o medo e a ansiedade, que dificultam os tratamentos,” avalia a psicóloga.
Carolina Kist explica que “além de tirar o foco do problema de saúde, estudos mostram que a interação com animais, estimula a liberação de uma série de substâncias associadas ao bem-estar, como dopamina, ocitocina e endorfina e diminui os índices de cortisol, o hormônio do estresse. Conhecida como pet terapia ou cinoterapia, a terapia assistida por animais é uma técnica cientificamente comprovada, cujo objetivo é ajudar a promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo de pacientes.”
