Na última quinta-feira, 17 de outubro de 2024, uma apresentação da historiadora e cantora Tertuliana Lustosa na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) provocou controvérsia. Durante um seminário acadêmico sobre gênero, Lustosa, conhecida por sua atuação artística em “A Travestis”, realizou uma performance que misturou música e elementos visuais provocativos, desafiando as normas tradicionais de comportamento em ambientes acadêmicos.
A performance incluiu trechos de suas músicas, cujas letras são marcadas por críticas sociais e uso de linguagem explícita. As cenas performáticas e o teor da apresentação geraram debates acalorados nas redes sociais e entre os participantes do evento, com opiniões divididas sobre a pertinência desse tipo de expressão em uma universidade pública. Enquanto alguns elogiaram a ousadia artística e a importância de discussões sobre identidade de gênero, outros questionaram os limites entre liberdade artística e a responsabilidade institucional.
Tertuliana Lustosa defendeu sua apresentação, afirmando que a arte tem um papel fundamental na educação e que performances como a sua ajudam a abrir novos caminhos para o aprendizado, especialmente em temas que desafiam estruturas conservadoras. “Por que não dançar em sala de aula?”, questionou ela, em defesa da exploração de novas formas de ensino que vão além dos métodos tradicionais.
O episódio reacendeu discussões sobre o papel das universidades como espaços de livre debate e experimentação artística, ao mesmo tempo em que enfrentam as tensões entre liberdade de expressão e o impacto que certas manifestações podem causar dentro da comunidade acadêmica.
Video: Luiz Bacci
