No final da tarde do dia 15 de maio, um homem de 66 anos de idade foi encontrado semiconsciente dentro de um veículo VW/Gol de cor vermelha, em uma rua sem saída de um loteamento ainda em construção, nesta cidade de Maravilha/SC. O cidadão, que estava em estado de choque e com significativa perda de sangue, foi atendido pela polícia com procedimentos de pronto socorro e logo levado rapidamente à unidade hospitalar pelos socorristas do município, onde passou por procedimento cirúrgico e permaneceu na UTI por vários dias.
A investigação por parte da Divisão de Investigação Criminal – DIC da Polícia Civil começou logo após o fato ser descoberto, com base em relatos da vítima ainda no hospital, onde afirmou se recordar de ter sido surpreendido com um indivíduo entrando em seu carro pelo banco de trás e, após, não recordar mais do ocorrido.
A arma branca utilizada foi encontrada e apreendida, sendo ela uma faca de desossa de uso caseiro.
Os investigadores traçaram diversas teses investigativas e trabalharam ininterruptamente para demonstrar suas viabilidades durante os últimos quinze dias, o que permitiu o afastamento de todos os potenciais suspeitos do local do fato.
Além disso, também foi constatado que todas as lesões sofridas pelo homem, embora em locais sensíveis, possuíam pequena profundidade, incompatível com a intenção de matar e com o potencial perfuro-cortante do instrumento encontrado (faca de desossa).
Descobriu-se que o homem havia saído da Unidade Prisional Avançada – UPA de Maravilha/SC ainda na tarde de 15 de maio de 2022 e, cerca de duas horas depois, foi encontrado por testemunhas em estado de choque já ferido, local para onde conduziu o próprio carro sozinho.
Após, confrontado com o trabalho policial, o indivíduo confirmou que, diante da situação vivida, pelo fato de ter sido preso, optou por tirar a própria vida, para o que se valeu do recurso que tinha à disposição, a faca apreendida, com a qual efetuou diversos golpes contra si mesmo, a maioria na região do tórax.
Sobre a versão inicial, constatou-se que, já em estado de choque, o cidadão não conseguiu diferenciar os policiais e profissionais de saúde responsáveis por seu socorro, os quais efetivamente prestaram o atendimento médico de possíveis autores das facadas. Posteriormente, quando questionado, confidenciou que não quis informar sobre a tentativa de suicídio por vergonha.
Assim sendo, a Polícia Civil finaliza a investigação e encerrará nos próximos dias o inquérito policial com sugestão de arquivamento do caso.
