A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 12 de novembro, a Operação Anatomia da Saúde, com o objetivo de investigar crimes contra a administração pública supostamente praticados por gestores no Oeste de Santa Catarina. A operação cumpre 17 mandados de busca e apreensão em municípios de Santa Catarina e Paraná, além de aplicar medidas cautelares rigorosas, incluindo o afastamento de servidores, sequestro e bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas e a proibição de envolvimento dessas pessoas com o serviço público.
As investigações revelaram irregularidades em processos licitatórios relacionados à contratação de uma organização social, sediada em Florianópolis, que administra o Hospital Municipal de Dionísio Cerqueira. Segundo a PF, os contratos investigados somam mais de R$ 30 milhões, e até o momento, cinco integrantes da organização social e dois servidores públicos de Dionísio Cerqueira foram afastados de suas funções.
O Ministério Público de Contas de Santa Catarina também apontou falhas graves no processo de licitação, incluindo a ausência de publicação de edital, direcionamento para a contratação de uma empresa específica e uso indevido de dispensa de licitação, entre outras irregularidades. Os envolvidos enfrentarão acusações por crimes de fraudes em licitações, desvio de verbas públicas, malversação e lavagem de dinheiro. A PF informou que, caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
A Operação Anatomia da Saúde é mais uma ação das autoridades para combater a corrupção e garantir a transparência na gestão dos recursos públicos, especialmente no setor de saúde, onde fraudes afetam diretamente o bem-estar da população.