A Delegacia de Polícia Civil de Cerro Negro, na Serra Catarinense, investiga o caso de um aluno com transtorno psicológico, que teria sido supostamente espancado por seis colegas de classe. A agressão teria ocorrido no dia 15 de março, dentro da Escola de Educação Básica Professora Otilia Ulyssea Ungaretti.
O estudante frequenta a unidade desde as séries iniciais, junto aos seis supostos agressores, três meninas e três meninos. No dia do caso, as aulas ocorriam de forma integral e eles esperavam, na sala de aula, o professor. A mãe do adolescente afirma que as agressões ocorreram por volta das 13h10min, quando o filho ligou, chorando, e a solicitou que fosse até a escola. Ainda pelo telefone, uma professora teria afirmado à mãe que ele estava com crise de ansiedade.
“Lá, escutava da rua o choro dele. Nesse momento entrei na escola, não tinha professor nenhum junto com ele, estava sentado atrás das salas, num parquinho, chorando muito e se queixando muito, com dor nas costelas e dor no pé. As outras professoras não queriam pegar os materiais dele na sala de aula, porque a ordem da diretora era para não pegar o material dele”, relatou a mãe.
De acordo com a familiar, uma ex-diretora da unidade teria entregado os materiais e orientado a encaminhar o aluno a uma unidade de saúde. Ainda segundo a mãe, ele apresentava microfraturas nas costelas, na escápula do braço e fratura no pé esquerdo.
“Como é próximo ao posto de saúde, fui direto para lá. Cheguei lá e os técnicos em enfermagem já acharam muito grave a situação e acionaram o Conselho Tutelar. Fizeram o primeiro encaminhamento para o enfermeiro e, em seguida, o médico atendeu ele. Ele não conseguia firmar o pé e gritava de dor na costela. Após o atendimento, o médico encaminhou para fazer um BO e um corpo de delito. Fui na delegacia e o delegado não se encontrava, aí fui pra casa porque não tinha mais o que fazer”, conta.
A mãe diz que os exames foram realizados em Lages, no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Segundo ela, o boletim de ocorrência foi realizado no dia 16 de março, também em Lages, e, logo após, repassado para a Polícia Civil de Cerro Negro.
Fonte: SCC10