A Disney World está argumentando que um homem não pode processá-la pela morte da esposa dele por causa dos termos que assinou em um teste gratuito do serviço Disney+.
Jeffrey Piccolo entrou com uma ação por homicídio culposo contra a Disney depois que a mulher dele morreu em 2023 por conta de uma reação alérgica grave após comer em um restaurante no parque temático.
No entanto, a Disney argumenta que seus termos de uso, com os quais Piccolo concordou ao criar sua conta em 2019, preveem que eles têm de resolver a questão fora dos tribunais.
A BBC procurou representantes da Disney e Jeffrey Piccolo para comentar o caso, mas não obteve resposta.
Piccolo alega que o restaurante na Disney World — em Orlando, na Flórida — onde ele e sua esposa jantaram não tomou cuidado suficiente com suas alergias graves a laticínios e nozes, apesar de ter sido informado repetidamente sobre elas
Kanokporn Tangsuan morreu no hospital mais tarde naquele dia, 5 de outubro de 2023.
De acordo com o processo legal, a morte dela foi confirmada por um legista “como resultado de anafilaxia devido a níveis elevados de laticínios e nozes em seu organismo”.
Ele está processando a Disney e pedindo uma indenização de US$ 50 mil (cerca de R$ 270 mil) mais custas judiciais.
A Disney quer que o processo nos tribunais seja interrompido e que a disputa seja resolvida fora do tribunal, em um processo chamado arbitragem.
A defesa argumenta que a companhia não pode ser levada ao tribunal porque, em seus termos de uso, diz que os usuários concordam em resolver quaisquer disputas com a empresa por meio de arbitragem.
Ela diz que Piccolo concordou com esses termos de uso quando se inscreveu para um teste gratuito de um mês de seu serviço de streaming.
A Disney acrescenta ainda que Piccolo aceitou esses termos novamente ao usar sua conta Disney para comprar ingressos para o parque temático em 2023.