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Prédio da Boate Kiss começa a ser demolido para criação de memorial

O prédio da Boate Kiss começou a ser demolido para dar lugar a um memorial, em Santa Maria (RS). O letreiro com o nome da boate foi retirado, em ato que marcou o início das obras na última quarta-feira, dia 10.

No local ocorreu o incêndio que matou 232 pessoas, em 2013. Sobreviventes e familiares das vítimas participaram do ato e soltaram 242 balões brancos, representando cada um dos mortos.

O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Gabriel Rovadoschi, leu uma carta que foi entregue aos moradores vizinhos do prédio falando sobre a construção do memorial. Três ex-presidentes da entidade foram homenageados pelo trabalho realizado desde o incêndio.

“A gente entende que o memorial, para além de uma construção feita de tijolo e cimento, é uma construção que se inicia na palavra e carrega muito a história consigo”, diz Rovadoschi.

Um telão foi colocado na rua, um pouco abaixo da fachada do prédio, exibindo depoimentos sobre a tragédia. A porta da boate e parte dos tapumes também foram retirados do local.

Memorial

O projeto vencedor do memorial é do arquiteto paulista Felipe Zene Motta, que propôs a construção de um jardim central e de um único pavimento que seja de fácil construção e manutenção. O prazo para a entrega do memorial é de oito meses.

O memorial terá uma área de 383,65 metros quadrados. Serão três salas (um auditório com capacidade para 142 pessoas, uma sala multiuso e uma sala que será a sede da AVTSM). Além disso, o espaço contará com um jardim circular ao centro com 242 pilares de madeira em volta – cada um com o nome de uma vítima e um suporte de flores.

“Hoje ficou aquela ruína de boate, aquele monstro que todo mundo passa e remete imediatamente à tragédia. E por mais que o memorial tenha o objetivo de transformar aquele lugar numa coisa que transmita uma paz para os familiares, que dê algum tipo de conforto se é que isso é possível para eles, essa memória da tragédia não pode ser apagada”, afirma o arquiteto.

A empresa responsável pela execução da obra é a INFA Incorporadora Farroupilha, de Triunfo, que venceu a licitação. O custo do projeto é de R$ 4.870.004,68. Parte do valor será custeada com verbas do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) do MPRS, que, em maio de 2023, oficializou o repasse de R$ 4 milhões. O restante será pago pela Prefeitura de Santa Maria.

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