o polêmico “Kit Gay” – como ficou conhecido o livro denunciado por Bolsonaro – em cidade de SC, a prefeita de Canoinhas jogou no lixo os exemplares.
Em Canoinhas, após a repercussão da presença de livros associados ao “kit gay”, tema amplamente discutido nas eleições de 2018, na cidade, a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) gravou um vídeo nesta quarta-feira (17) os jogando no lixo, alegando que eles possuem conteúdo sexual inadequado para crianças.
As obras faziam parte do acervo do projeto Mundoteca, sendo fomentado pelo Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Três Barras e Itaiópolis também têm instalações do projeto.
Os livros criticados pela prefeita incluem ilustrações e textos que, segundo a vereadora Tati Carvalho (MDB), parlamentar que denunciou a presença dos mesmos durante a sessão da câmara no dia anterior, descrevem aspectos de sexualidade de forma explícita. Ela apresentou um vídeo das obras.
A exibição incluiu o livro “Aparelho Sexual e Cia”, que havia sido denunciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em debates nacionais como parte do que ele chamava de “kit gay”. Este livro, especificamente, é frequentemente mencionado em debates políticos, e muitos críticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negavam sua existência ou distribuição.
A vereadora fez um discurso preocupado sobre a presença desses livros na biblioteca municipal, pelo mesmo ser acessível a crianças de todas as idades.
A revelação causou um alvoroço entre os vereadores presentes. Osmar Oleskovicz (PSD) solicitou imediatamente que os livros fossem retirados do acervo, enfatizando a necessidade de proteger as crianças e a integridade do projeto. Outros vereadores, como Wilmar Sudoski (PSD) e Chico Mineiro (PL), expressaram indignação e chamaram a situação de “absurda”, ressaltando que expor crianças a esse tipo de conteúdo era um abuso. O presidente da Câmara, Mauricio Zimmermann (PL), aproveitou a oportunidade para politizar ainda mais a questão, invocando o lema de Bolsonaro, “Deus, Pátria e Família”, e declarando a posição conservadora do estado em relação a valores familiares.
Até o momento, a prefeitura e o Ministério da Educação não se pronunciaram. A oposição define a atitude da prefeita como “censura”. Já os pais de alunos menores de idade comemoram, por conta do conteúdo.
Fonte:Jornal Razão