Três anos após sequestrarem, torturarem e matarem um homem, três réus receberam suas condenações em Garopaba, no Litoral Sul de Santa Catarina. A motivação do homicídio foi um acerto de contas, pois a vítima havia furtado a moto de um dos condenados. A sessão do Tribunal do Júri durou mais de 22 horas, tendo início na quinta-feira (31) e terminando na sexta (1º).
Após denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), as condenações dos réus foram:
- Primeiro réu: 23 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado, roubo circunstanciado e tráfico de drogas;
- Segundo réu: 22 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado e roubo circunstanciado;
- Terceiro réu: cinco anos de prisão em regime semiaberto por lesão corporal.
Um quarto réu, que havia sido denunciado por falso testemunho, foi absolvido. Outras seis pessoas que estariam envolvidas no caso ainda deverão ser julgadas. Não foi informado se eles fazem parte de alguma facção criminosa.
Roubo, vingança e homicídio: relembre o crime
Na tarde do dia 29 de outubro de 2021, alguns dos réus haviam ido até a casa da vítima depois da moto de um deles ter sido furtada. Eles agrediram o homem e colocaram ele dentro de um carro. Em seguida, levaram ele até uma região de mata, onde ele teve pés e pescoço amarrados com cordas.
Enquanto espancavam a vítima, os homens filmavam a ação e forçaram a admitir que havia roubado a moto e implorar pela vida. A vítima foi espancada com diversos golpes de cabo de machado e facadas, o que causou a sua morte.
Após matarem a vítima, já na madrugada de 30 de outubro de 2021, os homens transportaram o corpo da vítima para outra região de mata fechada e de difícil acesso, onde enterraram o cadáver e despejaram três frascos de ácido sobre o corpo, com o propósito de destruírem os restos mortais.
Os homens também roubaram o celular e dinheiro da esposa do assassinado. Ao invadir a casa dela, eles apontaram armas de fogo e empurraram a mulher, levando um celular e R$ 740 em dinheiro.
O réu que foi condenado a 23 anos, também foi condenado por tráfico de drogas, já que foi comprovado que, pelo menos dois meses antes do dia do homicídio, ele traficava em Garopaba e, naquele mesmo mês de outubro, havia vendido cocaína à vítima do homicídio.
ND+