O Comitê Olímpico do Brasil (COB) definiu nessa segunda-feira (22/7) os dois atletas que irão conduzir a bandeira do Brasil durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024. Além de Isaquias Queiroz, da canoagem, Raquel Kochhann, capitã da Seleção Brasileira de rugby, foi escolhida para ser porta-bandeira. Raquel chega aos jogos de Paris depois de superar dois diagnósticos de câncer.
Ela conta que na preparação para os jogos de Tóquio 2020, notou a presença de um caroço em sua mama direita. Após consulta com o corpo médico da Confederação, competiu normalmente na campanha do Brasil no rugby seguiu sua rotina. Cerca de seis meses depois ela relata que o caroço havia aumentado e realizou uma biópsia.
“A biópsia apresentou células cancerígenas. Depois encontraram anormalidade no esterno e comecei a fazer radioterapia e quimioterapia para neutralizar esse câncer. Hoje ainda sigo com o tratamento de bloqueadores”, relatou Raquel.
Assim que teve dimensão do quadro, ela deixou os gramados e recebeu o apoio de suas companheiras das Yaras, apelido da seleção de rugby. Mesmo em tratamento, Raquel manteve seu papel de capitã e fez questão de afastar o sentimento pessimista que tomou o grupo após o diagnóstico.
“Todo mundo tem dificuldades, mas minha história vem pra mostrar para as pessoas que existe vida depois de um diagnóstico de câncer. Tudo depende de como você encara isso. Quando você consegue levar de cabeça erguida, energia alta, quando está cercado de pessoas com energia boa do deu lado, tudo é possível, até chegar no maior evento esportivo mundial mesmo depois de um processo tão doloroso”, completou.
Ela e Isaquias irão carregar as bandeiras durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas, que acontece na próxima sexta-feira (26/74), às 14h30.
fonte:metrópoles