No estado, o Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, é destaque
Santa Catarina, com uma taxa superior a 40 doações por milhão de população (pmp), consagra-se como um dos líderes nacionais em doação de órgãos, superando a média nacional de 19 pmp no primeiro semestre de 2023, conforme dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Esses números são reflexo de um modelo de gestão eficaz implementado no estado e representam mais do que o dobro da média nacional.
O coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, atribui esses números notáveis a um modelo de gestão adotado e adaptado de sucesso da Espanha em Santa Catarina há 16 anos. “Desde 2017, temos mais do que 40 doadores por milhão de população. É uma cifra que equivale a mais do que o dobro da média nacional nesse mesmo período”, enfatiza Andrade, que lidera a SC Transplantes há 18 anos.
CONTINUIDADE E CONSCIENTIZAÇÃO
Apesar do cenário positivo em Santa Catarina, a necessidade de ampliar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos é constante e reforçada anualmente no Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro.
“Nossa maior dificuldade ainda é que poucas pessoas declaram sua condição para a família. Não expressam seu desejo de serem doadores”, aponta Andrade.
De janeiro a agosto de 2023, 469 potenciais doadores foram notificados pela SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), com 208 sendo doadores efetivos, resultando em 1.137 transplantes realizados no período. Dentre os hospitais destacam-se o Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, o Hospital Santa Isabel, em Blumenau, e o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, como os que mais contribuíram para as doações.
REFERÊNCIA EM DOAÇÃO
O Hospital Municipal Ruth Cardoso, localizado em Balneário Camboriú, também se destaca, sendo o quinto hospital de Santa Catarina e o primeiro da Região da Foz do Rio Itajaí em número de captações de órgãos e tecidos neste ano, realizando 11 captações.
Joel de Andrade ressalta a importância da continuidade na conscientização e diálogo entre as pessoas e seus familiares sobre a vontade de serem doadoras, visando manter e potencializar os índices alcançados pelo estado, que já são 20% melhores que no restante do país.
Fonte: Jornal razão