Santa Catarina é destaque nacional como o estado com a maior segurança alimentar do país. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua no módulo Segurança Alimentar, divulgada nesta quinta-feira, dia 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2023, 88,9% dos domicílios catarinenses tinham acesso permanente à alimentação adequada, tanto em quantidade quanto em qualidade. Esse resultado coloca SC no primeiro lugar na lista das Unidades da Federação com a melhor condição de alimentação do país. O estado está acima da média nacional, de 72,4%, acima do Paraná (82,1%) e do Rio Grande do Sul (81,3%), segundo e terceiro colocados, respectivamente.
A liderança catarinense na segurança alimentar é um resultado da soma de vários fatores, com as políticas públicas estaduais ocupando um lugar de destaque. Santa Catarina também possui o menor nível de desigualdade de renda e o quarto maior nível de rendimento médio nacional.
Em 2023, o rendimento médio do trabalhador catarinense chegou a R$ 3.316 e teve um crescimento de 9,5%, acima da inflação. O aumento do nível de rendimento é fundamental para os trabalhadores e as famílias catarinenses terem acesso a alimentos de qualidade, sem comprometer outros aspectos como saúde, moradia e transporte.
O secretário de Estado do Planejamento (Seplan), Edgard Usuy, explica que os valores alcançados por Santa Catarina representam o impacto na qualidade de vida e no bem-estar das famílias catarinenses. A redução da desigualdade de renda e o aumento do rendimento influenciam diretamente a vida dos catarinenses e a economia como um todo, melhorando o ambiente de negócios e o crescimento inclusivo.
Além do lado da demanda, outro fator importante que explica o melhor nível de segurança alimentar é a condição de oferta dos alimentos. De acordo com o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), o estado possui características que potencializam a produção de alimentos, como uma matriz produtiva diversificada e o predomínio de agricultura de base familiar, o que reduz os custos de produção.
Nesse sentido, destacam-se produtos como arroz, feijão, carnes de frango e suína, ovos, leite, maçã, banana, legumes e verduras, em que o SC ocupa posição de relevância no ranking nacional. O maior nível de rendimento e a proximidade da oferta alimentar torna os alimentos mais baratos, portanto mais acessíveis à população, mesmo àquelas de menor renda.
Menor índice de domicílios que recebem o Bolsa Família
A pesquisa apontou ainda que apenas 4,5% dos domicílios catarinenses recebem o Bolsa Família. Estes dados catarinenses representam a menor proporção entre todos os estados brasileiros, com índice abaixo dos apresentados pelo Rio Grande do Sul (8,6%) e Paraná (9,2%). A Pnad informa ainda que os rendimentos habitualmente recebidos pelos catarinenses somaram mais de R$ 13 bilhões em 2023, representando um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Fonte: OESTEmais