As condenações de Erik e Lyle Menendez, presos há mais de três décadas nos EUA por crime retratado na série Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, da Netflix, serão revisadas.
Os irmãos mataram José e Kitty Menendez em sua mansão em Beverly Hills, em 1989, em um ato que, segundo os promotores, tinha como objetivo herdar a fortuna do pai.
Na última quinta-feira, o promotor do condado de Los Angeles, George Gascón, afirmou que há “uma obrigação moral e ética” de revisar as provas apresentadas pelos irmãos no ano passado, alegando que foram abusados sexualmente pelo pai e que agiram em legítima defesa.
O caso voltou a despertar o interesse público desde o lançamento da série da Netflix, em setembro.
Durante o julgamento original, os promotores argumentaram que os assassinatos foram motivados pela ganância, alegando que os irmãos gastaram grande parte da herança em relógios Rolex, carros e imóveis de luxo antes de serem considerados suspeitos.
Essas acusações de gastos extravagantes, apresentadas em um julgamento televisionado amplamente assistido, tornaram o caso notório nos EUA.
O primeiro julgamento terminou com um júri empatado, após os irmãos Menendez alegarem anos de abuso.
Em um segundo julgamento, as alegações de abuso foram amplamente desconsideradas, e os irmãos foram considerados culpados e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, em 1996.
Em 2023, novas provas foram apresentadas, incluindo alegações de abuso por parte de José Menendez, feitas por um ex-integrante do grupo musical Menudo, além de uma carta de 1988 de Erik Menendez a sua prima, supostamente faz referência ao abuso cometido pelo pai.