O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quarta-feira (29) que os beneficiários do Bolsa Família do Estado do Rio Grande do Sul que perderam os documentos agora poderão garantir o recebimento do benefício com a identificação por meio dos serviços de conferência biométrica da Justiça Eleitoral. Em 2020, o TSE firmou acordo de cooperação técnica com a Secretaria-Geral da Presidência da República e com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com o objetivo de promover o fortalecimento de um sistema nacional integrado, por meio da Identificação Civil Nacional (ICN).
Devido ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o governo federal irá liberar um benefício social às vítimas das enchentes. O valor será pago pela Caixa Econômica Federal (CEF), mediante identificação biométrica dos beneficiários. A Justiça Eleitoral liberou 500 mil validações biométricas em parceria com a base da ICN, facilitando a identificação correta das pessoas e o pagamento do benefício. A Caixa vai disponibilizar o serviço nos canais de atendimento do banco. Assim, as pessoas que têm direito ao benefício podem acessar os canais e conferir seus nomes. Depois, elas devem comparecer nas agências da CEF, sem a necessidade de apresentação de documentos físicos. Neste momento, é necessário informar o número do CPF e, logo após, a biometria é capturada e encaminhada para conferência na Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN) do TSE. Essa conferência é totalmente automatizada. O contato da Caixa Econômica é feito diretamente com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A BDICN informa se a biometria “confere”, “não confere” ou se acha “não disponível na base de dados”. De acordo com o resultado da conferência biométrica, a Caixa faz a liberação ou não do pagamento do benefício.
O serviço de conferência biométrica é prestado pelo Tribunal ao governo federal via Serpro. O serviço disponibilizado às pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul será totalmente custeado pelo Serpro, que se mostrou interessado em ajudar a população gaúcha, sem qualquer ônus ao contrato da empresa com o TSE. O acesso será monitorado via barramento de serviços do conecta.gov, com controle de acesso feito pelo governo federal e acompanhado pelo Tribunal. A Caixa não terá acesso ao banco de dados da Corte Eleitoral, mas apenas ao serviço de conferência, que executa pontualmente cada requisição. A conferência é feita na base de dados da Identificação Civil Nacional, sem acesso aos dados, apenas com o retorno se confere ou não a biometria.
Fonte: Jovem Pan.