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Vereadora e ex-prefeito de Xaxim são indiciados por homicídio doloso e associação criminosa

São Miguel do Oeste – A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Divisão de Investigação Criminal de São Miguel do Oeste, concluiu a segunda fase da “Operação Defesa da Ordem”– e indicia duas pessoas por homicídio doloso qualificado e associação criminosa e uma pessoa por associação criminosa.

A segunda fase das investigações foi deflagrada em novembro de 2018, após a conclusão do primeiro inquérito que resultou em indiciamento de cinco pessoas pela participação na parte de intermediação, planejamento e execução do homicídio do advogado Joacir Montagna.

Apesar do sucesso da primeira investigação, era necessário apurar se havia outras pessoas envolvidas no homicídio, especialmente no que toca à autoria intelectual.

Nesta fase, diante dos fortes indícios de autoria em desfavor dos suspeitos mandantes, a vereadora de Xaxim Maria de Lourdes Fonini, e seu marido, o ex-prefeito César Gastão Fonini, foram presos temporariamente, suspeitos de serem os mandantes do crime.

Motivação
Nesta fase, a polícia civil descobriu que o homicídio doloso teria sido ordenado em razão da atuação profissional de Joacir Montagna como representante de parte contrária em processo cível integrado pelos dois suspeitos.

Com base nos elementos de informação produzidos tanto na primeira fase quando no segundo Inquérito Policial, a Polícia Civil está convicta de que os dois mandantes atribuíram a um terceiro intermediador – já julgado e condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de São Miguel, em julho deste ano – a função de planejar e contratar executores do homicídio.

Conclusão da segunda fase
No final das diligências, as suspeitas em relação a Lula e César Fonini foram confirmadas e reforçadas, o suficiente para permitir que ambos fossem indiciados pelo homicídio doloso qualificado e associação criminosa.

Neste ponto, cumpre informar que no curso da investigação surgiram indícios que indicavam a existência de união permanente e estável entre os dois suspeitos mandantes e o terceiro intermediador para a prática de infrações penais. Por este motivo, o terceiro intermediador também foi indiciado por associação criminosa.

Homicídio doloso e associação criminosa
O Inquérito Policial foi encaminhado para o Poder Judiciário e já foi analisado pelo Ministério Público, que prontamente ofereceu denúncia contra os três indiciados pela prática de homicídio doloso qualificado e associação criminosa.

A denúncia já foi recebida e as prisões temporárias foram convertidas em prisões preventivas, agora sem tempo determinado de cumprimento.

O processo crime deve ter curso normal até posterior decisão judicial que poderá determinar que todos os acusados sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Todos os presos permanecem reclusos em Unidades Prisionais de Chapecó, onde permanecem à disposição da Justiça.

A operação
A operação contou com apoio imprescindível da Delegacia de Polícia de Xaxim, Divisão de Investigação Criminal de Chapecó, Delegacia de Polícia de Descanso, Delegacia de Polícia de Maravilha, Delegacia de Polícia de Guaraciaba, Delegacia de Polícia de Barra Bonita, Delegacia de Polícia de São José do Cedro, Delegacia de Polícia de Furtos e Roubos de Caxias do Sul/RS, Departamento Estadual de Administração Prisional, por intermédio das Unidades Prisionais de São Miguel do Oeste, Chapecó e Corregedoria.

Na manhã de quinta-feira (26) em São Miguel do Oeste, foi realizada coletiva de imprensa, onde estiveram presentes membros da Diretoria da Ordem dos Advogados Brasil local e ainda, os Delegados de Polícia Civil Adriano Krul Bini, Cleverson Luis Muller e Wesley Almeida Andrade.

*Com informações da Rede Peperi e Diário do Iguaçu

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