Na madrugada desta segunda-feira, 2 de dezembro, um policial militar foi flagrado jogando um homem de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. O incidente, registrado em vídeo, mostra o momento em que o homem, vestido com uma camiseta azul, é segurado pelas costas, levantado pelas pernas e arremessado por um dos agentes em direção a um córrego sob a ponte.
A gravação também revela a presença de outros três policiais no local, sendo um deles identificado como integrante das Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam). Os agentes seriam do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Diadema, na Grande São Paulo.
Secretário repudia ação e afasta agentes
Nesta terça-feira, 3 de dezembro, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, condenou a atitude dos policiais em um vídeo divulgado à imprensa. Ele determinou o afastamento imediato de todos os envolvidos e afirmou que a conduta vista nas imagens não reflete os protocolos da Polícia Militar.
“Essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar, e eu determinei ao comando da PM o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no Estado de São Paulo”, declarou Derrite.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) também emitiu uma nota repudiando veementemente o comportamento dos policiais e reforçou que a Polícia Militar já instaurou um inquérito para investigar o caso e responsabilizar os agentes.
“A instituição reitera seu compromisso com a legalidade, sem tolerar qualquer desvio de conduta”, afirmou a SSP, acrescentando que os policiais envolvidos foram identificados e afastados de suas funções.
Os policiais estavam em perseguição a uma moto que foi interceptada na Cidade Ademar. Em determinado momento, a situação culminou no ato flagrado em vídeo. Ainda não há informações sobre o estado de saúde do homem arremessado ou sua identidade.
O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais, levantando debates sobre o uso da força por agentes de segurança pública e a necessidade de medidas mais rígidas contra abusos cometidos por profissionais do setor.