Um tipo de carne que divide opinião é o fígado bovino, assim como outros miúdos, como são popularmente conhecidos. As vísceras estavam presentes em dietas tradicionais e eram valorizadas pelos nossos ancestrais há milhares de anos. Por muito tempo, acreditou-se que elas eram capazes de combater a deficiência de ferro e outros problemas de saúde.
Mas, há quem questione: seja o coração de galinha, seja o fígado de boi, por que as vísceras eram tão priorizadas pelos nossos ancestrais?
Um fato ninguém pode negar: elas apresentam uma alta densidade nutricional. A quem não sabe, densidade nutricional refere-se à concentração de nutrientes de determinado alimento — e as vísceras estão no topo dessa pirâmide.
Para se ter uma ideia, em 100 g de fígado é possível encontrar quase 5000 mcg de vitamina A, além de alta concentração de folato, ferro, cobre, zinco, colina, selênio e vitamina B12; em quantidade muito maior que um polivitamínico de farmácia, que “perde” feio essa batalha.
Apesar dos inúmeros benefícios, é necessário lembrar que, assim como outros tipos de carne vermelha, as vísceras contém gorduras saturadas e, por isso, devem ser ingeridas com moderação. Além disso, elas contam com concentração de purinas que, em excesso, pode agravar uma doença articular, a gota.
Fonte: Metrópoles
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