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Advogadas que atuaram em defesa da menina de 11 anos que teve direito ao aborto legal negado são alvo de investigação em SC

Duas advogadas que atuaram no caso da menina de 11 anos que teve o direito ao aborto legal negado em Santa Catarina no ano passado foram intimadas a depor na Polícia Civil este mês. Os esclarecimentos foram solicitados no inquérito que investigou a denúncia de suposto vazamento de informações sobre o processo sigiloso do caso da criança.

Uma das defensoras é Daniela Felix. Ela foi intimada a ir à delegacia de uma cidade na Grande Florianópolis em 10 de maio. Segundo a advogada, a denúncia que baseou o inquérito foi feita pelo Disque 100 em 2022. A informação foi divulgada inicialmente pelo The Intercept na segunda-feira (22).

A menina não teve nenhum dado divulgado durante o processo. À época, ela foi mantida em um abrigo para evitar que fizesse o aborto. Vítima de estupro, ela conseguiu realizar o procedimento dias depois, por determinação judicial.

Em casos de violência sexual, a interrupção da gravidez é legalmente garantida, a qualquer tempo da gestação, sem depender de autorização judicial.

À reportagem, Daniela afirmou que foi até a delegacia e se reservou o direito ao silêncio. Também falou que “desde então, está sem qualquer conhecimento dos desdobramentos do inquérito”. Na ocasião, foi acompanhada da advogada e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Santa Catarina, Rodrigo Sartoti.

O advogado afirmou que durante o depoimento não ficou claro se a defensora estava sendo ouvida na condição de testemunha ou investigada. “À princípio, nos pareceu, e até pela fala do delegado, que elas são investigadas, mas isso não está claro”.

No entendimento do advogado, o inquérito “configura uma violação das prerrogativas das advogadas, dos direitos delas enquanto profissionais, enquanto advogadas, que têm direitos garantidos pela constituição e pelo estatuto da OAB”, afirmou.

Na terça-feira (23), o delegado Alison da Rocha Costa, que atuou na última investigação, confirmou que houve um inquérito aberto, mas não deu detalhes. Disse, também, que a investigação foi concluída.

No Ministério Público a investigação ainda está sob análise e até a tarde de terça-feira (23) não havia sido objeto de manifestação.

Além de Daniela, a advogada Ariela Rodrigues também foi intimada. A reportagem não conseguiu contato com ela.

Em nota, a OAB catarinense afirmou que está acompanhando a questão por intermédio da Comissão de Prerrogativas, mas não pode se manifestar para não prejudicar o andamento.

Fonte: G1

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