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Caso Montagna: No terceiro dia de júri, defesa de acusados pede a dissolução do conselho de sentença, porém Juíz nega

A defesa do casal, César Gastão Fonini, Maria Delurdes Fonini pediu, na tarde desta quarta-feira, 08, a dissolução do conselho de sentença no julgamento do processo pela morte do Advogado Joacir Montagna, em 13 de agosto de 2018 em Guaraciaba enquanto estava trabalhando em seu escritório.

O advogado alegou situações de ordem que poderiam impedir o andamento do tribunal do júri.

O Advogado levantou a suspensão do Magistrado por ser vizinho da esposa da vítima, situação essa que já havia sido analisada no plenário do TJSC e que negou o recurso, e por ele jogar poker com um dos jurados.

Além disso a defesa do casal apontado como núcleo intelectual do crime alegou que houve a quebra de incomunicabilidade entre os jurados, e por um dos jurados ter uma empresa a qual é assessora por um advogado sócio de um dos auxiliares de acusação.

Após analisar o mérito dos pedidos, o Magistrado, Márcio Cristofoli, rejeitou as alegações e deu prosseguimento ao júri com os pronunciamentos da defesa do casal.

O Tribunal do júri começou na segunda-feira, 06, e a expectativa é que seja concluído nesta quinta-feira, 09.

O Júri;

Os réus, César Gastão Fonini, Maria Delurdes Fonini são julgados por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa. Já Adelino José Dala Riva, é julgado por associação criminosa. Ele já foi julgado no primeiro júri por homicídio duplamente qualificado e foi condenado na ocasião a 34 anos.

O Ministério Público ainda aponta que o grupo foi o que arquitetou e contratou os criminosos que cometeram o assassinato.

 

Denúncia:

Segundo a denúncia, no dia 13 de agosto de 2018, dois acusados saíram de carro de Chapecó para Guaraciaba. Um terceiro foi de motocicleta cuja placa era clonada e o número do motor adulterado. Nas proximidades do trevo de Guaraciaba, o executor embarcou na moto e os dois foram até o escritório da vítima.

Sem retirar o capacete, ele teria anunciado um “assalto” para as funcionárias do escritório e pediu para levá-lo ao “doutor”. Quando todos deitavam no chão, o acusado teria atirado na cabeça de Joacir Montagna, que morreu no local.

Os acusados teriam fugido de motocicleta, a qual teria sido abandonada no interior do município de Guaraciaba. Depois, eles teriam voltado de carro para Chapecó. O contratante teria pago pelo crime R$ 7.500,00 em dinheiro, além de uma arma de fogo. Ainda segundo a denúncia, o tio dos irmãos teria realizado a venda de uma arma de fogo e a transportado para outro estado no interior de um ônibus.

De acordo com a denúncia, o casal contratou um homem para cuidar da morte do advogado. Esse contratado acionou o atirador que, por sua vez, chamou os dois irmãos e um tio para participar do crime. Segundo investigação, o motivo era para facilitar as tratativas de um possível acordo em uma Ação de Cumprimento de Sentença, em que a vítima atua como advogado da parte contrária e não atendia aos desejos e propostas da família processada para o desfecho da ação judicial.

Primeiro julgamento

No primeiro julgamento, em 2019, cinco homens foram condenados pela execução da morte, cujas penas somaram 138 anos de prisão.

Fonte: Portal Peperi

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