O Homem foi condenado há mais de 21 anos de prisão em júri popular pelo assassinato de sua ex-mulher Monica Uhlmann Gosch, os jurados aceitaram todas as teses do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), condenando o réu por homicídio triplamente qualificado ― motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Segundo a denúncia, no dia 3 de novembro de 2023, por volta das 13 horas, o réu perseguiu a vítima até o local de trabalho dela, no Centro de Chapecó. A vítima, que estava de motocicleta, foi abordada pelo ex-companheiro assim que estacionou. Após uma breve conversa na calçada, ela foi esfaqueada pelo réu.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime foi motivado pela insatisfação do homem com o término do relacionamento. Ele atacou a vítima com 16 facadas, que atingiram o peito, o tórax e a mão esquerda da mulher, causando ferimentos nos pulmões e no coração. Monica não sobreviveu e morreu no local. Após cometer o crime, o autor fugiu em seu próprio veículo.
“Ele esperou o término das medidas protetivas e, ao perceber que ela não retomaria o relacionamento, num dia de semana, numa sexta-feira, uma hora da tarde, em plena luz do dia, em um local movimentado, a matou com 16 golpes de faca. A crueldade do réu, o que ele fez com ela em plena luz do dia, é desprezível“, disse o promotor Alessandro Rodrigo Argenta.
“Esperamos meses para que a justiça fosse feita. Ele sempre foi um homem muito abusivo. A minha irmã sofreu por 31 anos todos os abusos possíveis que uma mulher pode sofrer. Todos. Foi uma história muito triste. Quando ela conseguiu se libertar, ele simplesmente não aceitou que ele não tinha mais em cima de quem tripudiar”, desabafou Marcia Uhlmann, irmã da vítima.
Embora a sentença possa ser apelada, a Justiça negou ao homem o direito de recorrer em liberdade. Ele permanecerá detido durante o processo de apelação.