Famílias paranaenses estão indo a Joinville, no Norte catarinense, para tentar ajudar na identificação dos seis homens mortos na chacina ocorrida no domingo (8) na cidade, onde os todos corpos foram encontrados carbonizados. Enquanto aguardam a liberação para os sepultamentos, cobram justiça e, principalmente, celeridade na prisão dos assassinos e descoberta das causas das mortes.
As vítimas carbonizadas foram encontradas dentro de um carro. Todas eram do Paraná, trabalhavam na mesma empresa e moravam em uma mesma casa.
O delegado responsável pelo caso, Dirceu Silveira Júnior, afirmou que todos os homens assassinados foram identificados, mas preferiu não divulgar os nomes para não atrapalhar a investigação. Os parentes não quiseram informar os nomes com medo de represálias. A mãe de uma das vítimas viajou mais de 300 quilômetros para coletar sangue visando ajudar na identificação oficial.
“Estavam trabalhando para ganhar o pão para a família. E acontecer uma coisa dessa? A gente não pode imaginar como foi”, lamentou a mulher.
O irmão da vítima também foi até Joinville. Ele ainda perdeu na chacina três sobrinhos e um enteado. A família é natural de Cruz Machado, interior do Paraná.
“Nós estamos muito tristes. Praticamente cinco da família. Um abalo”, lamentou.
Desde o dia do crime, 10 pessoas foram até Joinville para ajudar na identificação das vítimas. Ainda não há previsão para o resultado dos exames de DNA e nem para a liberação dos corpos.
O grupo que morreu voltaria para o Paraná nesta semana, para um período de folga. “Nós queremos justiça. Sem fundamento. Sem palavras”, disse o irmão de uma das vítimas.
Fonte: Clic RDC