O homem que assassinou a companheira Adriana Ribeiro da Silva, de 40 anos, foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado em júri popular na segunda-feira (11). O crime aconteceu na noite do dia 25 de abril deste ano em Monte Carlo, no Meio-Oeste de Santa Catarina e o júri foi realizado no Tribunal da Comarca de Fraiburgo.
Os jurados acolheram integralmente a denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). O homem matou a companheira a facadas na frente de três filhos. Ele não poderá recorrer em liberdade, conforme decidiu a Justiça.
Homem deixou mulher agonizando
Conforme a denúncia, o autor do crime deixou Adriana agonizando diante dos filhos de um, dois e oito anos, respectivamente, e fugiu para a mata. Ele foi preso dois dias depois do crime.
O feminicídio, o motivo torpe e o meio cruel foram reconhecidos como qualificadoras, e a pena foi aumentada pelo fato de o crime ter sido cometido na frente dos filhos, conforme prevê o Código Penal Brasileiro.
A Promotora de Justiça Andréia Tonin conduziu a acusação, apresentando as provas dos autos e pedindo a condenação. “O Conselho de Sentença tomou a decisão que a sociedade esperava. Precisamos dar um basta na violência contra a mulher, e é necessário punir severamente os autores dos crimes”.
A mãe da vítima, de 72 anos, recebeu o resultado com alívio. “Isso não traz a minha filha de volta, mas pelo menos a gente vai para casa com a sensação de que a justiça foi feita. Agora é tentar seguir a vida com as boas lembranças da mulher alegre que ela era”, disse dona Maria.
Ela, os dez filhos e alguns genros e netos acompanharam o julgamento vestindo camisetas com a foto de Andreia e a frase “saudades eternas”. O choro pôde ser ouvido do início ao fim a sessão.
Vanessa, uma das seis filhas da vítima, lembrou que o réu fazia ameaças constantes e que a mãe havia decido afastar-se. “Ela o perdoou várias vezes, mas havia chegado no limite e ia entrar com o pedido de medida protetiva, só que não deu tempo. Que isso possa servir de lição para que outras mulheres que sofrem violência tomem uma atitude”, desabafou.
Relembre o crime
Segundo a denúncia, após uma discussão, o homem teria atacado a mulher com uma faca, desferindo-lhe 13 golpes que resultaram em sua morte por choque hemorrágico.
Desde a época dos fatos, o homem permaneceu preso preventivamente no Presídio Regional de Videira. A prisão preventiva foi considerada necessária para garantir a segurança da sociedade e a continuidade do processo legal.
Fonte: ND+