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Justiça mantém prisão de dupla de SP suspeita de tráfico de pessoas e que estava com bebê de SC desaparecido

A Justiça manteve presos e com prisão preventiva Roberta Porfírio e Marcelo Valverde Valezi, que estavam com um menino de 2 anos de Santa Catarina que estava desaparecido. A audiência de custódia ocorreu na última terça-feira (09), na cidade de São Paulo.

Roberta e Marcelo estavam com o bebê dentro de um carro, na Zona Leste da capital, na segunda (08), quando foram abordados pela PM e foram detidos em flagrante por suspeita de tráfico de pessoas.

A volta do menino para Santa Catarina segue indefinida, informou o secretário de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, em coletiva nesta terça. O retorno depende de decisão do Poder Judiciário de São Paulo, onde a criança está em um abrigo.

A Polícia Civil catarinense disse que o homem teria aliciado a mãe do menino, de 22 anos, para uma adoção ilegal. Marcelo Valverde é apontado como intermediador da entrega da criança a Roberta Porfírio, mulher que também foi detida e que ficaria com o garoto.

Conforme a delegada Sandra Mara, da Polícia Civil de Santa Catarina, a mãe, uma jovem de 22 anos, “tem uma fragilidade emocional e psicológica muito grande”.

“Ela foi convencida [a entregar a criança] por conta da fragilidade”. Ela é muito jovem, ficou grávida com 19, 20 anos. Não tem um emprego. Ela tem alguns cursos, mas essa fragilidade emocional e psicológica dela dificulta a inserção no mercado de trabalho”, informou, durante a coletiva.

O Código Penal descreve como crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio.

Conforme a delegada Sandra Mara, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami) de São José, a mãe do menino e o homem preso teriam se conhecido quando ela entrou em grupos sobre gravidez nas redes sociais, depois que descobriu a gestação.

Em um primeiro momento, a mãe negou entregar a criança, mas dois anos depois decidiu fazer a entrega de forma espontânea. Ainda, segundo a polícia, a mulher é bastante jovem, já foi vítima de violência e tem saúde mental frágil.

A mãe dele foi internada em 2 de maio, sem estar com o filho junto. A mulher recebeu alta na segunda. Não se tem informações sobre o motivo da internação. A polícia também não deu esclarecimentos sobre o pai do menino, que é registrado apenas com o nome da mãe.

Fonte: G1

 

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