Marema – Um agente público da Secretaria Municipal de Saúde de Marema está sendo investigado pelo MPSC (Ministério Público do Estado) por suspeita de “furar a fila” da vacinação contra a Covid-19, no Oeste de Santa Catarina. A pessoa denunciada não seria integrante dos grupos prioritários.
Essa mesma denúncia tem acontecido em diversos municípios do Brasil, onde secretários municipais, agentes políticos, e até mesmo servidores não pertencentes ao grupo prioritário de vacinação, recebem as doses da vacina.
Informações obtidas por nossa reportagem dão conta de que o município de Marema recebeu 15 doses da vacina, o que não foi suficiente para atender ao grupo prioritário, composto por profissionais da área da saúde que estão na linha de frente do combate ao Coronavírus.
De acordo com o promotor de Justiça Felipe Nery Alberti de Almeida, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Xaxim, o procedimento – uma Notícia de Fato – foi aberto nesta terça-feira (26). Isso ocorreu a partir de representações feitas por cidadãos pelo e-mail da promotoria e Ouvidoria do MPSC.
Servidores públicos que ‘furam’ a fila de vacinação ou favorecem essa prática podem estar cometendo um ato de improbidade administrativa. “Atitudes que violam deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições podem sofrer várias penalidades, entre elas perda da função pública”, acrescentou o MP.
Resposta da administração municipal
Informações obtidas pelo portal ND+, a secretária de Saúde de Marema, Jaquelini Moro, disse que não tinha conhecimento do procedimento instaurado pelo Ministério Público.