A União Europeia declarou que a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, oficialmente reconhecida pela autoridade eleitoral do país, “não pode ser aceita”. O Conselho da UE destacou que, sem evidências que sustentem os resultados apresentados, não há como validar a vitória de Maduro, solicitando uma “verificação independente” do processo eleitoral. Sete nações da União Europeia pediram que as autoridades venezuelanas tornem públicos todos os registros da eleição, visando assegurar a transparência do processo. O regime de Maduro não disponibilizou resultados detalhados por zona eleitoral e mesa de votação, mesmo após o Conselho Nacional Eleitoral ter anunciado que ele obteve 52% dos votos, enquanto seu oponente, González, teria recebido 43%.
A oposição venezuelana alega ter acesso a documentos que indicam uma vitória de González com 67% dos votos. O comunicado da União Europeia não reconheceu a vitória do candidato opositor, ao contrário de Estados Unidos e de cinco países latino-americanos que o fizeram (Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai). A posição da UE é semelhante à de Brasil, Colômbia e México, que também exigiram a divulgação dos dados eleitorais de forma desagregada. Entre os países que apoiaram a reeleição de Maduro estão Cuba, Nicarágua e Honduras, além de potências como Rússia e China. A situação política na Venezuela continua a gerar divisões entre as nações, refletindo a complexidade do cenário eleitoral e as diferentes interpretações sobre a legitimidade do processo.
Fonte: Jovem Pan.