O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou, nesta sexta-feira (30), o julgamento da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político. Foram quatro votos a favor da condenação e 1 voto contrário. A decisão do TSE pode tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos, assim ele deve ficar fora das eleições até 2030.
Na quinta, o ministro André Tavares votou pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Ele considerou que o discurso do ex-presidente na reunião com embaixadores no ano passado manipulou a realidade e impulsionou indevidamente a candidatura dele na eleição de 2022.
Floriano Marques votou a favor da inelegibilidade. O entendimento dele se somou ao do relator da ação no TSE, o corregedor-eleitoral Benedito Gonçalves, que também votou para que Bolsonaro fique inelegível por 8 anos.
Já o ministro Raul Araújo Filho divergiu da penalidade contra o ex-presidente, e apresentou voto para que a minuta do golpe e os atos de 8 de janeiro não sejam considerados na ação.
O caso no TSE
A ação foi levada à Corte Eleitoral por um pedido do Partido Democrático Brasileiro (PDT). Inicialmente, a sigla questionou o encontro com embaixadores realizado pelo então presidente no Palácio do Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro fez acusações contra o sistema eleitoral brasileiro e criticou ministros do TSE. Posteriormente, o PDT associou declarações a movimentos golpistas de 8 janeiro.
Fonte: SCC10